Ode a dionisio
Mardon Melo, poeta Radical Livre
Oh divindade grega da natureza e da fertilidade
que seu cortejo
sagrado passe por nossa cidade
trazendo música,
dança, teatro e toda cultura
trágicas epopeias,
saraus em fartura
oh deus provedor das homéricas bebedeiras
amante das ninfas e
das taverneiras
guardião dos templos,
matas e dos palmares
adegas, prostíbulos e
bares
protetor dos bêbados
que fazem poesia
inebriados com a
pedra-filosofal de vossa alquimia
Que o vinho nunca falte na terra
chateau, canção,
cantina da serra
que ao toque do seu
cajado toda água vire vinho
todo sexo sem doença,
toda rosa sem espinho
que o sangue
derramado seja sempre o das uvas
que nunca falte
coito, que nunca falte vulvas
Oh divino dionisio, grande baco, glorioso pã
que a nossa festa
dure até de manhã
que vosso espírito
nos encha de amor e de alegria
que todas as
diferenças acabem na orgia
celebremos essa divina criatura
deus das artes,da
alegria do vinho e da loucura
que cruzou o mundo
antigo em peregrinação
bebendo, dançando,
cantando com o tirso na mão
espalhando a arte na
grécia e nas terras mais distantes
com seu cortejo de faunos, sátiros e bacantes
louvado seja dionisio
o filho de zeus com a mais bela mortal
metade homem metade
animal
maestro das videiras
e do bacanal
arquiteto primeiro do
carnaval
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